O canal de TV americano HBO estreou
em janeiro de 2008 a série In Treatment, uma das melhores séries de televisão
(se não a melhor) acerca da psicoterapia. Baseado na sérieisraelenseBe'tipul, criada porHagai Levi, o trabalho já ganhou um Globo de Ouro e
dois Emmys.
Produzido por Rodrigo García
Barcha, a série mostra o trabalho do psiquiatra Paul Weston (vivido pelo ator
Gabriel Byrne) em psicoterapia. Sem o uso de muitos recursos cinematográficos,
como flash backs, focando apenas o setting terapêutico, o psicoterapeuta Weston,
a cada dia da semana atende um cliente diferente de segunda a quinta feira, e
na sexta feira é ele mesmo quem passa por supervisão com outra terapeuta.
O mais interessante é como a
história é perfeitamente construída apesar de contar somente com o relato dos
clientes. A construção dos enredos conta com todas as nuances que um trabalho
terapêutico passa na vida real, como transferência, contra-transferência, resistências,
projeções etc. Além disso a construção do personagem Weston, também não deixa a
desejar. A série não só mostra a dificuldades dos clientes como também a do próprio
terapeuta, que sente dificuldades em separar, às vezes, sua vida pessoal da
vida profissional, e deixando, sem querer, que uma influencie a outra, como no
caso da paciente jovem e bonita que se diz apaixonada por ele, justamente num
momento de sua vida em que passa por dificuldades no casamento.
In Treatment é com certeza
bastante ilustrativa para o trabalho de profissionais e estudantes que
pretendam lidar com a psique humana. O indivíduo que já tiver uma maior familiaridade
com conceitos e técnicas do método clínico da psicoterapia, poderá perceber e
interpretar as demandas que os clientes vão trazendo para o setting terapêutico,
e, quem sabe, até arriscar criticar a trabalho do terapeuta Paul Weston.
Infelizmente, porém,
ainda não temos este trabalho lançado aqui no Brasil, de tal forma que somente
quem possui o canal HBO em sua TV por assinatura poderá por enquanto desfrutar
da série que já está na 3ª temporada, ou então quem tiver disposto a importá-lo
dos Estados Unidos. De qualquer forma recomendo a todos que assistam e vamos
torcer para que seu lançamento seja o mais breve possível em nosso país.
O I Simpósio Internacional sobre Consciência: promovido pela
Fundação Ocidemnte 7º CDE - Organização Científica de Estudos Materiais,
Naturais e Espirituais, se constitui em um momento oportuno para, até onde é
possível, ampliar-se as análises sobre a Consciência numa perspectiva de
evidenciar, nesta oportunidade, que “A Consciência não dista”.
Neste propósito, reuniremos estudantes, especialistas e
pesquisadores de Instituições Públicas e Privadas para apresentar à comunidade
as mais recentes pesquisas e reflexões sobre o estudo da Consciência, sob a
ótica científica, filosófica e/ou religiosa, de forma cada vez mais integrada.
A Fundação Ocidemnte 7º CDE em seus 26 anos de existência,
desenvolve experiências nos mais diversos campos do conhecimento. Em seus
trabalhos, nossa instituição estimula a responsabilidade social, com o intuito
de contribuir na construção de uma sociedade cada vez mais justa e solidária,
afinal o valor de sua filosofia, não é outro, senão auxiliar o ser humano
quanto a despertar, construir e/ou desenvolver sua Consciência, inclusive
através da educação.
DATA E HORÁRIO DE REALIZAÇÃO:
22 de outubro das 18 h às 22 h e
23 de outubro das 08:30h às 22:00h.
LOCAL DE REALIZAÇÃO:
Salvador - Bahia - Brasil
Centro de Convenções da Bahia
VALOR:
Inscrições somente no local, a
partir do dia 22 de outubro, 14:00 horas.
O
filme Distrito Nove (District 9), escrito
e dirigido por Neill Blomkamp
ainda que seja um filme de Ficção Científica, aborda de uma forma bastante
singular aspectos da natureza humana. Através de uma trama sobre a relação
entre humanos e alienígenas, o filme traz uma analogia acerca da forma como nos
os seres humanos nos tratamos uns aos outros, levando em consideração questões
como cor, etnia, religião etc. bem como traz também os mecanismos sociais de
segregação em que os menos favorecidos acabam em posições sociais que culminam
na miséria, drogas e marginalidade.
A
trama do filme ocorre num local do planeta bastante interessante para se falar
sobre preconceito e discriminação: na África do Sul que foi no passado palco do
regime segregacionista chamado Apartheid. A história conta o aparecimento
misterioso de uma gigantesca nave espacial alienígena sobre a capital Johanesburgo
para o qual é mandada uma equipe para averiguar do que se trata e descobre toda
uma população alienígena em condições “subumanas” (entre aspas, pois é discutível
o que é ser humano). Todo um movimento de ajuda humanitária é realizado para
atender a população da nave disponibilizando uma área chamada Distrito 9 para
os devidos cuidados. O tempo passou, os alienígenas se adaptaram bem ao
ambiente da Terra, se reproduziram aos montes, se viciaram em ração para gatos
(isso mesmo), e o Distrito 9 que antes era um zona de ajuda humanitária se
tornou um local de segregação onde os alienígenas deveriam ficar sempre, sendo
proibidos de se misturarem aos humanos. Houve uma divisão desigual, em que os
extraterrestres foram confinados em guetos, não podendo freqüentar os mesmos
locais que os homens.
Bom,
não vamos contar a historia toda para não perder a graça, mas para os que se
interessam por temas como preconceito e discriminação perceberão que está muito
bem construída a lógica social e psicológica do tema. Dessa forma, é discutível
através do filme, o que é ser humano, pois se formos um pouco atrás na história
da humanidade perceberemos como o conceito muda, e como sempre nos deparamos
como paradigmas que põe em cheque tais conceito. Distrito 9 faz, justamente
isso, nos convida a refletir sobre o que fazemos como humanos e como o que
temos feito não condiz com a idéia do que é fazer parte da humanidade.
Assim
para aqueles que desejam refletir sobre os temas acima citados entre outros implícitos
no filme como interesses comerciais de grandes corporações, Distrito Nove é uma
ótima recomendação. Basta que assistam,
tentando enxergar para além dos efeitos especiais que também são bons e
perceberá uma gama de temas filosóficos. Para aqueles que queiram conhecê-lo
melhor segue-se a ficha técnica e o trailer. Bom filme para vocês.
Divas
no Divã trata-se de um trabalho da psicóloga Chris Linnares abrangendo palestras-show, DVDs, livros e
Comédia Teatral. De uma forma bem cômica a psicóloga, que também é a
palestrante, escritora do livro e protagonista da peça, traz um resgate da
auto-estima feminina através da auto-aceitação num mundo contemporâneo da
mulher em que há uma série de cobranças, muitas vezes bem contraditórios.
A peça conta apenas com três atores,
sendo que os demais personagens são invisíveis. Como é o caso do psicanalista, no
consultório do qual se dá a trama e à medida que a personagem conta sobre sua vida
uma série de flashbacks se desenrolam.
A personagem principal é uma
mulher moderna, bem sucedida financeiramente e profissionalmente, mas que mesmo
assim não se sente feliz. Ela sempre se compara com as Divas do cinema e da
televisão as quais sempre tem todos os homens aos seus pés, se entregam as
paixões sem nem mesmo despentear os cabelos nem manchar o batom apesar dos “calientes”
beijos. Ela, porém, nem mesmo consegue um namorado que seja gordo, baixinho e
careca.
Apesar de falar especialmente
para o mundo feminino, a mensagem do trabalho serve tanto para mulheres como
para homens. Temos todas as expectativas do mundo quando crianças, acreditando
que podemos ser quem nos quisermos, mas ao crescermos criamos barreiras para
nosso próprios sonhos. Buscamos ser sempre mais e dessa forma buscamos artifícios
como as academias, baladas, fitas e livros
de auto ajuda, talkshows e até mesmo cartomantes para “desamarrar nossos
caminhos”.
Nunca estamos satisfeitos com o
que temos. Mas ser uma diva esta justamente em se aceitar como é e ter a
coragem de ousar. Ser uma Diva é expressar a “Natureza Divina”. É ser capaz de
acreditar sempre num sonho apesar dos nãos que recebemos na vida.
Assim, Divas no Divã é uma ótima recomendação
para aqueles que querem refletir acerca da feminilidade na modernidade e a o
mesmo tempo rir um bocado, sendo dessa forma uma maneira lúdica de refletir
acerca da temática. Recomendamos não so às mulheres mas aos homens também.