Como parte do material de estudos
do Grupo de Estudos Sobre Escuta Clínica, o filme Sonhos de Akira Kurosawa (Akira
Kurosawa’s Dreans em inglês e Yume em japonês) traz um prato cheio para se
compreender toda a gama de diversidades de jogos simbólicos que a mente humana
pode elaborar. Sendo descendente de antigos guerreiros samurais o cineasta
japonês foi altamente criticado em seus pais por ter influências ocidentais, porém
Kurosawa conseguiu escrever seu nome nas listas dos grandes diretores de cinema
do mundo desenvolvendo trabalhos que possuem grande sensibilidade.
O filme Sonhos – escrito em 1990 –
concorreu ao Oscar de Melhor Fotografia. Trata-se de oito pequenos filmes que
retratam os sonhos de seu próprio autor, que vão desde a infância até a fase
adulta. Seus temas variam de e revelam a subjetividade do cineasta tendo como
pano de fundo a realidade da nação japonesa na época anterior e posterior a
primeira guerra mundial, que foi singularmente danosa para o Japão com a
explosão das bombas atômicas em Hiroshima e Nagazaki. Além disso, traz ainda um
encontro entre Kurosawa e Vicent Van Gogh, um de seus pintores favoritos, além
de trazer sonhos que falam sobre transcendência e espiritualidade.

Por sofrer de fadiga mental, Akira
Kurosawa tentou suicídio mais de trinta vezes. Nasceu em Tókio em 23 de março
de 1910. Em 1995 Kurosawa caiu e quebrou a base de sua espinha, passando seus últimos
anos dependendo de cadeiras de rodas e definhando sobre a cama onde só podia
ouvir musica e assistir televisão, não mais desenvolvendo outros filmes. Em 06
de setembro de 1998, 88 anos de idade, morre Akira Kurosawa de AVC (Acidente
Vascular Cerebral) no bairro de Setagaya em Tókio-Japão.
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